A pele que reveste, protege
Mas também fere, expõe a emoção
E se nada nela se percebe
Ela cobra sua atenção
Arde, queima, coça, dói
Sem carinho, enruga, embrutece
Repele tudo que não se oferece
Com uma certa dose de dedicação
O que a cansa é não estar imune
Ao que à ela se transfere
Distúrbios, interferências
Que atrapalhem a fluidez da sua vibração
A intenção de sua existência
Está naquilo que lhe confere
Em ser aderente e incólume
Diante a sua limitação
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sábado, 26 de abril de 2014
segunda-feira, 24 de março de 2014
O que escapa e arrebata
Pra onde vai o pensamento que escapa?
O descolorir de uma ilusão
As sensações que nos descompassam
O diluir invisível e intocável de uma emoção
De onde vem o entendimento que arrebata?
O desembaçar de uma visão
As conexões que surgem leves e involuntárias
O recomeço indispensável para a transformação
O descolorir de uma ilusão
As sensações que nos descompassam
O diluir invisível e intocável de uma emoção
De onde vem o entendimento que arrebata?
O desembaçar de uma visão
As conexões que surgem leves e involuntárias
O recomeço indispensável para a transformação
sábado, 15 de fevereiro de 2014
Valentine's (G)Day
Dia: 14 de fevereiro de 2014 - Valentine's Day
Evento: Campanha dos Direitos Humanos - Time to Thrive
"Eu sou jovem. Sim. Mas o que eu aprendi é que o amor, a beleza contida nele, a sua alegria e até mesmo a sua dor é o presente mais incrível para se dar e se receber como um ser humano. E que nós merecemos a experiência de vivê-lo completamente, igualmente, sem vergonha e sem medo."
(parte do discurso da atriz Ellen Page, que assumiu ser gay
durante uma conferência sobre direitos humanos)
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
Uma espécie de oração
Que se tornem leves e soltos os pensamentos
E flutuem à superfície das águas pesadas
Que inundam o peito de angústia e desolação
Que a matéria se conecte ao etéreo
E juntos possam romper a espessa crosta
Que compõem o invólucro formado pela mágoa e decepção
Que ocorra a entrega à noite e às estrelas
E com elas novamente sonhar os sonhos
Que outrora trouxeram a profícua esperança dos dias que virão
E flutuem à superfície das águas pesadas
Que inundam o peito de angústia e desolação
Que a matéria se conecte ao etéreo
E juntos possam romper a espessa crosta
Que compõem o invólucro formado pela mágoa e decepção
Que ocorra a entrega à noite e às estrelas
E com elas novamente sonhar os sonhos
Que outrora trouxeram a profícua esperança dos dias que virão
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
O som da dor padronizada
O som que mobiliza à estática exposta
O ar que comprime à respiração que sufoca
A dor que alivia à sanidade imposta
A crença que mutila à verdade que aflora
"Tá tudo padronizado, no nosso coração.
Nosso jeito de amar, pelo jeito, não é nosso não"
"Tá tudo padronizado, no nosso coração.
Nosso jeito de amar, pelo jeito, não é nosso não"
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
A luz que transborda, o escuro que escorre
O que diante do sol se transbordava em luz
Agora no escuro se escorre por cegos caminhos
Que tateiam em busca de uma nova verdade
Guiados pelo silêncio que as conduz
O que se perpetuava na linearidade de um movimento
Agora se vê atada a curvas cambaleantes
Que formam um esboço desenhado pela incerteza
De um traçado desconhecido e inconstante
Agora no escuro se escorre por cegos caminhos
Que tateiam em busca de uma nova verdade
Guiados pelo silêncio que as conduz
O que se perpetuava na linearidade de um movimento
Agora se vê atada a curvas cambaleantes
Que formam um esboço desenhado pela incerteza
De um traçado desconhecido e inconstante
domingo, 22 de dezembro de 2013
Que sejamos atropelados
por Gustavo Gitti para a Revista Vida Simples
“...Poderíamos aspirar pela estabilidade de nosso mundo interno independente de fatores externos, pela sabedoria de reconhecer a realidade além dos nossos jogos e comentários...
Damos um olhar tão inferiorizante para nós mesmos porque ficamos o tempo todo prestando contas a 'eus' passados, atrelando nosso desenvolvimento a uma história bem costurada, a novelas que contamos para nós mesmos antes de dormir e ao acordar.
A própria sensação de eu surge inseparável de uma visão narrativa da vida, como se tudo só acontecesse de modo causal e coerente, o que nos faz imaginar qualquer transformação humana ou espiritual como uma espécie de epopéia do eu turbinado, construído em um percurso heroico, cheio de histórias cruzadas e insights geniais. Mais do que celebrar os feitos de 2013, quero abrir espaço para não me identificar tanto com conteúdos mentais e histórias pessoais. Em vez de me preencher do passado (…), quero colocar todas as experiências na mesa e liberá-las de uma só vez.
Que nosso planejamento dê errado. Que 2014 seja caótico a ponto de sair do controle. Que não tenhamos tempo de resolver cada draminha. Que sigamos vazios e despreparados – só assim a vida nos atravessa. Que nenhum cantinho nosso permaneça trancado, escondido da realidade. Que você e eu desistamos logo de nos aperfeiçoar, de nos lapidar, de aprender novos truques para parecer uma pessoa melhor. Que a gente troque mil motivos de se alegrar pelo sorriso panorâmico que não precisa de motivo. Que a transformação seja pela raiz, dissolvendo o autocentramento com métodos poderosos, até não sobrar ninguém obstruindo o céu. Que sejamos atropelados por seres de olhar profundo e coração desperto”.
FELIZ NATAL para todos e que o ANO NOVO
nos atravesse com seus meses, dias e instantes.
nos atravesse com seus meses, dias e instantes.
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Jornada da percepção
A jornada que delineia o espaço entre o pensamento e a intuição
Requer um mergulho angulado às discretas arestas da sutil percepção
Que é sensível àquilo que renega ou atesta
Por assim definir sua inócua habilidade de emissão
E se resiste perante ao que está na realidade dada
É porque se limita aos que ficam na superfície de sua mera atribuição
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
À procura da beleza
A procura pela verdadeira beleza se inicia no não desejo
Respira o ar flutuante de um pensamento apenas sentido
Frustra palavras que buscam expor o que é dito
Dentro da voz do silêncio, que mesmo ignorado
Mantém seu repertório conjugado e nunca se dissipa
Verbos inacabados de um instante
Que lhe é inato por assim lhe estar atribuído
Aceita o conforto de sonolentos olhos cerrados
Que despertam a dormente paisagem em si projetada
Diante do que sempre foi e do que sempre tem sido
domingo, 29 de setembro de 2013
A coerência dos paradoxos
Não há retorno sem nunca ter ido
Não há inteiro sem nunca ter se partido
Não há revelação sem nunca ter se iludido
Não há consentimento se não for permitido
Não há amor se não for desprendido
Não há inteiro sem nunca ter se partido
Não há revelação sem nunca ter se iludido
Não há consentimento se não for permitido
Não há amor se não for desprendido
terça-feira, 3 de setembro de 2013
Pedido ao amor
Me arrebata mas não me destrua
Me inebrie mas não me embriague
Me deguste mas não me engula
Me amarrote mas não me rasgue
Me conquiste mas não me derrube
Me silencie mas não me emudeça
Me envolva mas não me sufoque
Me desestabilize mas não me enlouqueça
Me mostre o tempo que não existe
Me contagie de pura beleza
Me esvazie do espaço que não delimite
Me preencha com sua leveza
Me inebrie mas não me embriague
Me deguste mas não me engula
Me amarrote mas não me rasgue
Me conquiste mas não me derrube
Me silencie mas não me emudeça
Me envolva mas não me sufoque
Me desestabilize mas não me enlouqueça
Me mostre o tempo que não existe
Me contagie de pura beleza
Me esvazie do espaço que não delimite
Me preencha com sua leveza
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
Verdadeiras verdades
As verdadeiras perguntas surgem quando a nós mesmo indagamos
As verdadeiras respostas aparecem nas profundezas do que sonhamos
As verdadeiras cores não estão naquilo que vemos mas na forma como enxergamos
As verdadeiras melodias se modulam às vibrações que sintonizamos
As verdadeiras verdades se afirmam quando delas nos libertamos
As verdadeiras respostas aparecem nas profundezas do que sonhamos
As verdadeiras cores não estão naquilo que vemos mas na forma como enxergamos
As verdadeiras melodias se modulam às vibrações que sintonizamos
As verdadeiras verdades se afirmam quando delas nos libertamos
sexta-feira, 12 de julho de 2013
O ponto
há um
. ponto .
que quando
FIXADO
não
+
a f r o u x a
o
caminho percorrido
só
deixa
e
s
c
o
r
r
e
r
por Dentro
o que fora certa vez
con(sumido)
quarta-feira, 3 de julho de 2013
Inteiro incompleto
Se de você a memória não lembrar
Se com você a certeza insiste duvidar
Se sua mente no silêncio oco vagar
Na busca do que foi sem nunca ter ido
Para retornar ao todo do que havia se partido
No reencontro de ser o que sempre tem sido
Contemplar o antes que vem do depois
Ao desvendar o constante inteiro incompleto que sois
Descongelado no calor estimulado por aquilo que se supôs
Se com você a certeza insiste duvidar
Se sua mente no silêncio oco vagar
Na busca do que foi sem nunca ter ido
Para retornar ao todo do que havia se partido
No reencontro de ser o que sempre tem sido
Contemplar o antes que vem do depois
Ao desvendar o constante inteiro incompleto que sois
Descongelado no calor estimulado por aquilo que se supôs
quarta-feira, 19 de junho de 2013
Sobre peixes e tubarões
Não é por não falar
Que o peixe morre pela boca
É pela isca jogada para ele fisgar
Que se paralisa o seu grito rouco
Que o peixe morre pela boca
É pela isca jogada para ele fisgar
Que se paralisa o seu grito rouco
Não é por não mais respirar
Que se evita o mar revolto
Os que sobrevivem irão reinvidicar
Nas sacudidas ondas o que lhes foi deposto
Que se evita o mar revolto
Os que sobrevivem irão reinvidicar
Nas sacudidas ondas o que lhes foi deposto
"Se os tubarões fossem homens (...)
para que os peixinhos não ficassem tristonhos,
eles dariam cá e lá uma
festa aquática, pois
os peixes alegres tem gosto melhor que os
tristonhos".
domingo, 19 de maio de 2013
Estranheza entranhada
Na estranha mania de estranhar o modo como os outros agiam
Não percebi que aos olhos dos outros estranha também seria
Entre tantos nos encontramos estranhos uns dos outros
Entranhados na estranheza permeável de um espaço que nos distancia
Supor a previsibilidade dos atos diverge da reciprocidade dos fatos
Suplantados pela inebriante neblina egoica que de todos nós se apropria
Não percebi que aos olhos dos outros estranha também seria
Entre tantos nos encontramos estranhos uns dos outros
Entranhados na estranheza permeável de um espaço que nos distancia
Supor a previsibilidade dos atos diverge da reciprocidade dos fatos
Suplantados pela inebriante neblina egoica que de todos nós se apropria
quarta-feira, 8 de maio de 2013
As ilusórias escolhas de liberdade
A realidade que se cria é aquela que se crê
A veracidade que se vivencia expõe desconhecer
A liberdade que se restringia ao ilusório ato de escolher
A veracidade que se vivencia expõe desconhecer
A liberdade que se restringia ao ilusório ato de escolher
"You had to live - did live, from habit that became instinct -"
(George Orwell, 1984)
segunda-feira, 25 de março de 2013
Sonho desperto
O silêncio revelado num contraposto ruído constante que finalmente cessa
O mergulho em um sonho profundo percebido somente quando deste desperta
Camadas de verdades emaranhadas em delírios de nós que nos amontoam
Sombras reverberadas em contornos interrompidos por gritos que não ressoam
O mergulho em um sonho profundo percebido somente quando deste desperta
Camadas de verdades emaranhadas em delírios de nós que nos amontoam
Sombras reverberadas em contornos interrompidos por gritos que não ressoam
terça-feira, 12 de março de 2013
Coloridos brilhos de sol
Temos os mesmos pés coloridos
E os olhos feitos de sol
Que quando sorriem estendem-se em brilhos
Resplandecidos na corrente da brisa ancestral
A energia ativa da nova trajetória
Contém no pré-pensamento
O que por si adentra no espaço-tempo
A chance de reconstruir o ciclo repetível de sua própria história
E os olhos feitos de sol
Que quando sorriem estendem-se em brilhos
Resplandecidos na corrente da brisa ancestral
A energia ativa da nova trajetória
Contém no pré-pensamento
O que por si adentra no espaço-tempo
A chance de reconstruir o ciclo repetível de sua própria história
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
Percepção projetada
Hoje fecho as cortinas
Não quero ver o que a visão sem ela me mostra
Quero me cegar daquilo que sempre enxerguei
E vislumbrar a paisagem em mim que nunca avistei
Quero desvendar imagens camufladas
Que no anseio de serem logo interpretadas
Desvirtuam os olhos que insistem iludir
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