Numa noite nublada
Nuvens cinzamente rosadas
Brevemente se contraem
Desvendam uma estrela solitária
Que suspira em luz
A um coração que entoa
Versos interativos de um poema
Com cheiro carbonado aos sentidos
À medida que as palavras ditas
Ditam as dicotomias aliteradas
Ao respeitarem a vulnerabilidade
De serem livremente interpretadas
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Um imediato momento minguante
O agora desejado de um ontem
Tem seu sentido ignorado por um hoje
O imediatismo tem seu significado próprio
Que só se revela no mimetismo de um instante
Não mais se permite após o tempo transcorrido
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Original X Originalidade
Ser original é ser diferente
Enquadrado em algum grupo já existente
Enquadrado em algum grupo já existente
Ter originalidade é em nada se encaixar
Pois a liberdade está pelos poros a exalar
O original se multiplica
A originalidade diversifica
Ser original, numa multidão se destaca
Ter originalidade, é estar à margem do que se passa
O original tem o seu valor reconhecido
A originalidade valoriza os sinceros sorrisos
Ser original é sempre a todos surpreender
Ter originalidade é a si mesmo compreender
O original reconhece seus caminhos possíveis
A originalidade se alimenta dos desvios imprevisíveis
Ser original é a capacidade da própria vida mudar
Ter originalidade é com ela a si próprio se
transformar
Inspirado no filme sobre a vida de François Vatel (1631-1671)
sábado, 6 de outubro de 2012
Humanidade imune
Outra noite sonhei como o fim da humanidade seria
Todas as feridas sentidas em uma vida viriam à tona
A memória fazia sangrar no corpo
Marcas já cicatrizadas que de novo se abriam
Privadas do espaço para cura ou alívio
Pois o tempo, que tudo dissipa, revela que não existia
O tormento que a alma consome
Transfere a dor do quando em onde
Segue em direção entre um céu e um mar
Para além de um horizonte que expande
E sobrepõe a imunidade do pensamento
Diante do sofrimento que sentia
Todas as feridas sentidas em uma vida viriam à tona
A memória fazia sangrar no corpo
Marcas já cicatrizadas que de novo se abriam
Privadas do espaço para cura ou alívio
Pois o tempo, que tudo dissipa, revela que não existia
O tormento que a alma consome
Transfere a dor do quando em onde
Segue em direção entre um céu e um mar
Para além de um horizonte que expande
E sobrepõe a imunidade do pensamento
Diante do sofrimento que sentia
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