O que há fora de mim
Fora de mim não há
Se assim o sinto situado
É porque situado em mim está
O todo de um mundo
Se faz na efígie de um conjunto
Que concede ao não saber
O rumo de se deixar levar
Repetir o não dito
É dizer para si mesmo
Que o tempo decorrido
Desloca a memória para integrar
O que não se lembra se engana
Condicionado e alinhado
Ao tudo de um todo
Que se divide para somar
A unidade multiplicativa do que sou
Corre num fluxo contínuo do que somos
E na margem que irradia o que foi
Se observa a verdade absorta que negamos
3 comentários:
Ual, incrível! AMEI de verdade, um dos melhores que li.
...
''Repetir o não dito
É dizer para si mesmo
Que o tempo decorrido
Desloca a memória para integrar''
...
''Se observa a verdade absorta que negamos''
...
Puramente verdadeiro. Parabéns, Larissa! ^^
Grande beijo! ;*
"Se observa a verdade absorta que negamos" lindo!
Beijão
Achei meio complicado o teu poema, mas tá valendo! Meu beijo.
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