Chuva de primavera que inunda a terra
E exala, ao estiar, seu aroma primordial
Se mistura na profundeza do que nutre
Para depois transcorrer em ascendência
Ao lugar onde pertence
Em um estado rarefeito e universal
Umidifica a aridez do ar
Propaga a condição a que se propõe
Divaga entre céus ocultos e distantes
Conduzida por ventos uivantes
Que estão além do que se supõe
O oscilar de sua densidade
Não está em sua própria vontade
E sim no fortuito de sua natureza
Que flui em fluxo contínuo
E obedece nada mais do que ela mesma
Se extingue ao contrair seu movimento
E segue suspensa
Em busca de um novo quando
Para fazer deste o seu momento
E se liquefazer perante uma existência
Que permeia a solidez de um entretanto
3 comentários:
que lindo tudo isso!
conversar, traduzir assim a natureza, tão grandiosa e misteriosa exige uma sensibilidade imensa! Parabéns, não só pelo poema em si, mas pela coragem, hehe.
beeeijo!
larissa você é tão gostosa de ler, sabia? já te disse isso? acho que você é toda dedicada a ser profunda, acho que você consegue e adoro passar por aqui.
tudo é lindo aqui, mas o primeiro verso é de sacudir a alma.
beijoca
embrenhei-me pela densidade do teu poema e pela natureza que rodeia
uma boa lembrança a tua
beijo
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