segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Dos nomes que me chamam

Lalá, Laralí, Lála, Sariza, Leurys, Lari, Lá, Lêirisse, Lary, Leurysam...

Tá parecendo o Richard falando. O "copy machine guy", do Saturday Night Live.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

O que é isso que se perde?

                         O que é isso que se perde?
                                                  Que muda
                                    Que vira outra coisa
                           Que não mais se conhece

Não sabe se é bom ou ruim
Só sente o que se percebe
Diferente do que já foi
Distante de onde viera

                                         Quer aproximar
                                    Mas não consegue
                     Não há espaço para encaixar
                           A voz não mais reverbera

Uma sombra paira no ar
Contorna contornos meio tortos
Que se deslocam disformes
Devido ao seu cambalear

                Está agora em um novo caminho
  Que se manifesta no instante que percorre
                           E se move mesmo inerte
                      Em direção a um outro lugar

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Playing with colors

Green is hope
Blue is the sky
Dark is the night
White is the light

Yellow submarine
Purple rain
Playing with colors
Is good for the brain


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

No colo da carência

Outro dia acordei precisando de um abraço
Mas percebi que não era um abraço qualquer
Era o seu abraço e o seu jeito de me abraçar
Porque eu já conhecia o que sentia ao você me tocar
No colo da carência me deitei e permiti somente sentir
O momento quando isso passou e não mais se repetirá

domingo, 26 de agosto de 2012

Verdade uma ilusão

"saudade não é quando sentimos a falta da pessoa 
e sim quando sentimos sua presença"

(Marisa Monte, se referindo a Cássia Eller durante o show 
de sua deslumbrante turnê "Verdade uma ilusão")

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

O vazio que ocupa

      O que ultrapassa a percepção espacial do corpo
          É o vazio impresso definido pela sua presença ausente
             Rasga a pele e revela a essência
                 Num estado repleto o qual lhe é inerente
                     O que excede o contorno delimitante do corpo
                           É a sua capacidade ordinária e não obstante
                                De ocupar e preencher qualquer ambiente
                                     Que mesmo abstrato em sua forma
                                           Também se molda em função deste corpo
                                               Perante ao desejo contido que extrapola
                                                   A vontade de se fazer coerente

BED, de Antony Gormley

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Kaspar Hauser

Isolado do mundo
Sem contato humano algum
Não sabe andar
Escrever, ler ou falar
Seu aprendizado está no fato de nada ter aprendido
Conhece apenas os mais básicos instintos
Sede, sono, dor, fome e frio
Sem sequer saber que assim lhes são definidos

É deixado numa praça
Agora não mais isolado
Livre, exposto
Aos olhos dos outros
É um estranho
Que a tudo estranha
Todos querem salvá-lo de tanto sofrimento
Sendo que ele mesmo nem entende que havia sofrido

Deve aprender que é um ser social
Para possibilitar seu convívio
Se vê presente no tempo
Avança
Questiona o corpo que sente
A vida das coisas
E as dúvidas da mente
Sonho, realidade
Pensamento e imaginação

De repente, tudo se apaga
E apesar de tanto aprendizado
Não compreende
Está de volta à escuridão
Ainda pior do que antes
Pois agora tem a consciência plena
Da dor que corrói e sangra em seu coração


Inspirado no filme O Enigma de Kaspar Hauser
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