Na estranha mania de estranhar o modo como os outros agiam
Não percebi que aos olhos dos outros estranha também seria
Entre tantos nos encontramos estranhos uns dos outros
Entranhados na estranheza permeável de um espaço que nos distancia
Supor a previsibilidade dos atos diverge da reciprocidade dos fatos
Suplantados pela inebriante neblina egoica que de todos nós se apropria
9 comentários:
Sim, existir é incompreensível e excitante....
beijo
A estranheza de ser.
Lindo poema!
É verdade, estranho é sempre "o outro", quando na verdade, somos todos... por culpa da neblina que você bem diz...
bjos
Adorei, a estranheza sempre nos tras coisas novas.
é o que dizem (e nem concordo tanto, já digo pq) "de perto, ngm é normal" como se pudessemos, então, dizer o que é normal.
somos estranhos, para sempre, estranhos para os distantes, os proximos, e para nós mesmos. Vai ver, a vida se resume a isso, auto conhecimento.
um beeijo, tava com saudade de seus poemas!
Sabe do slogan criado por Fernando Pessoa para a Coca-Cola em Portugal?
"Primeiro estranha-se,
depois entranha-se"
No fundo ninguém se conhece, ninguém possui o outro.
humilde sua visão, diria. beijo!
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