quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Voar sem ecoar

Pássaros sobrevoam à frente da minha janela
Em um céu azul pálido e brilhante
Circulam plainando suaves e tranquilos
Rompem o que sinto naquele instante

Me conduzem a um despertar
A essência do que se quer viver sem dizer
A enlouquência acalmada à contemplar
Tudo que cerca e rodeia
Tudo que entristece delineia

O tempo que machuca aperfeiçoa
Dores e feridas inconsoladas
Rasgam a alma que depois remendada
Pulsa um coração que bate mas não mais ecoa

8 comentários:

Maíra Mello disse...

e eu to com raiva da pessoa por ela está fazendo com que eu sinta raiva. Que raiva!!

(sobre seu comentário no meu blog)

Fred Caju disse...

Penso nos martírios,
Todos os delírios loucos que vivenciamos
E vejo por quanto anos nos aventuramos querendo voar
Voar pra sair de perto,
De todo deserto desses abandonos,
E constatando o desengano se despedaçar.


Lula Côrtes

Mara faturi disse...

Bom é quando a dor ecoa em poema;)
Bjo!

aline disse...

o tempo que machuca aperfeiçoa - tenho pensado muito nisso.

Anônimo disse...

Feridas remendadas,
não há flor que acalma.

Seguindo-te.

Queiroz disse...

hoje eu não preciso ler mais nada...

Luis Gustavo Brito Dias disse...

- é como viver sem existir
existir sem viver.
sem a ligação com o outro nada há de ser.

Mulher Vã disse...

Dá uma vontade enlouquencente de estapear alguém quando não estamos nos aguentando de tristeza que diz aquelas frases cretinas e manjadinhas: Dê tempo ao tempo, O tempo vi ajudar, Tempo, tempo, tempo. Ele te deixa toda arruinada e aí quando percebe um belo dia, não dói mais e parece que sarou! O tempo aperfeiçoa mesmo que doa.

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