quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Chuva de primavera

Chuva de primavera que inunda a terra
E exala, ao estiar, seu aroma primordial
Se mistura na profundeza do que nutre
Para depois transcorrer em ascendência
Ao lugar onde pertence
Em um estado rarefeito e universal
 
Umidifica a aridez do ar
Propaga a condição a que se propõe
Divaga entre céus ocultos e distantes
Conduzida por ventos uivantes
Que estão além do que se supõe
 
O oscilar de sua densidade
Não está em sua própria vontade
E sim no fortuito de sua natureza
Que flui em fluxo contínuo
E obedece nada mais do que ela mesma
 
Se extingue ao contrair seu movimento
E segue suspensa
Em busca de um novo quando
Para fazer deste o seu momento
E se liquefazer perante uma existência
Que permeia a solidez de um entretanto

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Dos nomes que me chamam

Lalá, Laralí, Lála, Sariza, Leurys, Lari, Lá, Lêirisse, Lary, Leurysam...

Tá parecendo o Richard falando. O "copy machine guy", do Saturday Night Live.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

O que é isso que se perde?

                         O que é isso que se perde?
                                                  Que muda
                                    Que vira outra coisa
                           Que não mais se conhece

Não sabe se é bom ou ruim
Só sente o que se percebe
Diferente do que já foi
Distante de onde viera

                                         Quer aproximar
                                    Mas não consegue
                     Não há espaço para encaixar
                           A voz não mais reverbera

Uma sombra paira no ar
Contorna contornos meio tortos
Que se deslocam disformes
Devido ao seu cambalear

                Está agora em um novo caminho
  Que se manifesta no instante que percorre
                           E se move mesmo inerte
                      Em direção a um outro lugar

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Playing with colors

Green is hope
Blue is the sky
Dark is the night
White is the light

Yellow submarine
Purple rain
Playing with colors
Is good for the brain


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

No colo da carência

Outro dia acordei precisando de um abraço
Mas percebi que não era um abraço qualquer
Era o seu abraço e o seu jeito de me abraçar
Porque eu já conhecia o que sentia ao você me tocar
No colo da carência me deitei e permiti somente sentir
O momento quando isso passou e não mais se repetirá
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