Sem contato humano algum
Não sabe andar
Escrever, ler ou falar
Seu aprendizado está no fato de nada ter aprendido
Conhece apenas os mais básicos instintos
Sede, sono, dor, fome e frio
Sem sequer saber que assim lhes são definidos
É deixado numa praça
Agora não mais isolado
Livre, exposto
Aos olhos dos outros
É um estranho
Que a tudo estranha
Todos querem salvá-lo de tanto sofrimento
Sendo que ele mesmo nem entende que havia sofrido
Deve aprender que é um ser social
Para possibilitar seu convívio
Se vê presente no tempo
Avança
Questiona o corpo que sente
A vida das coisas
E as dúvidas da mente
Sonho, realidade
Pensamento e imaginação
De repente, tudo se apaga
E apesar de tanto aprendizado
Não compreende
Está de volta à escuridão
Ainda pior do que antes
Pois agora tem a consciência plena
Da dor que corrói e sangra em seu coração
Inspirado no filme O Enigma de Kaspar Hauser
4 comentários:
já li tanto sobre o filme, mas nunca o vi, de fato.
mas tudo o que eu li, me leva a pensar nos privilegiados e não-privilegiados da nossa sociedade....
Somos eternos buscadores de respostas, procuradores de curas às dores, de risos que acalmem a alma. Depois a gente aprende, inventa... parece que o este mundo não é pra todos, sei lá!
a duvida mantêm-se será melhor viver prisioneiro entre grades, ou viver livre na prisão que é o mundo?
a consciência é algo que corroi, lentamente
beijo
Nosssaaaa!! assisti este filme a zilhões de anos; é belíssimo e corta a fio de seda...
bjos
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