e assim se tornou
sem sequer perceber
porque para o sonho ser real
é preciso estar inconsciente
entregue
sua sede por querer
a tudo compreender
é proporcional a sua sensibilidade
que de tão grande a fez transcender
a realidade
ficcionada pelo pensamento
se mostrou forte e frágil ao mesmo tempo
e lá no fundo
Macabéa sabia
porque sentia sem saber como
que o que a atingia
era sentimento infinito
evocado por tudo aquilo
que está repleto e ilimitado
do lado de dentro
incompleto e dispersado
do lado de fora
e assim Macabéa vira estrela
engrandece ainda mais um céu
que também sonha e transborda
o desejo de a tudo cobrir e abraçar
para enfim entender que o fim
é um eterno recomeçar
Inspirado no filme A Hora da Estrela (1985),
baseado na obra de Clarice Lispector
5 comentários:
Olá.
Adorei seu blog,parabéns.
Até mais
que bela homenagem à macabéa.
se eu fosse macabéa e pedisse licença poética para clarice, vira lhe perguntar: eu gosto tanto de parafuso e prego, e a senhora?
lindo poema, parabéns! bom saber q filme tão tocante inspirou um poema assim. ;)
você acredita que nunca assisti esse filme, nem nunca li "A Hora da Estrela" da Clarice? É uma vergonha, eu sei... mas é que Clarice é toda complexa e eu acho que nunca estou pronta, à altura de ler tudo o que ela escreve.
passar por aqui me fez lembrar que quem sabe seja a hora?
beijoca (sempre lindo pra variar...)
depois disto tenho mesmo de me dedicar à Clarice Lispector
beijinho
Postar um comentário